Lesão de Nervo e do Plexo Braquial
O que são?
O plexo braquial é um grupo de nervos que começa na medula espinhal na região do pescoço e desce pelo braço. Esses nervos controlam os músculos do ombro, cotovelo, punho e mão, permitindo os movimentos, além de proporcionar a sensibilidade do membro superior, permitindo que sintamos dor, tato e vibração. Todos os nervos da mão têm origem no plexo braquial, e tanto o plexo braquial quanto os nervos periféricos podem ser acometidos por traumas e outras lesões em qualquer ponto desde o pescoço até a ponta dos dedos, como processos inflamatórios, tumores ou síndromes compressivas.
Os nervos do plexo braquial podem ser danificados por estiramento, compressão ou corte. O estiramento pode ocorrer quando a cabeça e o pescoço são forçados para longe do ombro, como durante uma queda de motocicleta ou acidente de carro. Se for grave o suficiente, os nervos podem ser arrancados da medula espinhal no pescoço. A lesão pode ocorrer a partir do esmagamento do plexo braquial entre a clavícula e a primeira costela, o que pode acontecer durante uma fratura ou luxação. A ocorrência de inchaço nesta área de sangramento excessivo ou tecidos feridos também pode causar uma lesão do plexo braquial.
Diagnóstico
As lesões nervosas podem interromper os sinais entre as extremidades e o cérebro, impedindo que os músculos do braço e da mão funcionem adequadamente, além de causar perda de sensibilidade na área. Quanto mais alta a lesão (mais perto do Plexo Braquial no pescoço), mais grave será o déficit e mais complexo é o tratamento. Lesões mais distais (próximas da mão e dos dedos) tendem a ser um pouco mais fáceis de manejar, mas isso pode variar muito de acordo com o tipo de lesão e a quantidade de estruturas lesadas. Toda lesão de nervo é potencialmente grave, pois isso impactará a função o membro como um todo e a qualidade de vida. Isso é especialmente verdadeiro nas lesões do Plexo Braquial. Com frequência os tendões, músculos, ossos e vasos sanguíneos podem ser lesados junto com o plexo braquial e os nervos periféricos. Uma análise minuciosa de toda a função muscular e da sensibilidade do membro acometido deve ser realizada, e exames complementares são necessários para o correto diagnóstico, como a Eletroneuromiografia e a Ressonância Magnética.
Tratamento
Muitas lesões do plexo braquial e dos nervos periféricos não se recuperam sozinhas, e a avaliação precoce por médicos com experiência no tratamento desses problemas é essencial. Algumas lesões do plexo braquial podem recuperar-se com o tempo e a reabilitação. O tempo para recuperação pode ser de semanas ou meses. Quando é improvável que uma lesão melhore, várias técnicas cirúrgicas podem ser utilizadas para melhorar a recuperação. Para isso, o Cirurgião da Mão utiliza técnicas de Microcirurgia com o uso de lupas e microscópios para reconstruir os nervos.
Em alguns casos, quando a recuperação nervosa não acontece, uma cirurgia de transferência de tendão pode ser realizada. O paciente deve tomar várias medidas para manter a atividade muscular e evitar que as articulações fiquem rígidas. A fisioterapia é fundamental para mantê-las flexíveis. Se as articulações ficarem rígidas, elas não se moverão mesmo depois que os músculos voltarem a funcionar, como uma dobradiça que tenha enferrujado ou um carro acelerando com o freio de mão puxado.
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O Instituto da Mão é o fruto de uma vocação iniciada na década de 90. Ainda no período de formação na área de ortopedia , dois colegas descobriram o gosto pela área , que ainda não constituía uma especialidade médica independente. Coincidindo com o final de suas formações, a regularização da especialidade , além de várias exigências, culminava com a realização de prova teórica e prática nacional para adquirir o título de especialista, na qual Dr. Ricardo Kaempf foi o primeiro lugar, seguido pelo Dr. Rafael Praetzel. Assim começava o Instituto da Mão
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