Dedo em Martelo
A última articulação da ponta do dedo funciona como uma dobradiça que somente dobra e estica. O movimento se dá através de um equilíbrio entre o tendão extensor e o flexor.
O tendão extensor é mais frágil e tem a forma achatada, ao contrário do tendão flexor que é mais forte e tem a forma cilíndrica.
O que é o dedo em martelo?
É a deformidade característica que o dedo assume após a ruptura do aparelho extensor em sua porção mais distal. A pontado dedo fica dobrada e o paciente não consegue movê-la para cima ou sustentá-la reta.
O paciente só estica o dedo com a ajuda da outra mão. Essa ruptura pode ocorrer na porção tendinosa (dedo em martelo tendinoso) ou através de uma fratura no local de fixação (inserção) do tendão no osso (dedo em martelo ósseo).
Como ocorre a lesão?
Geralmente ocorre em um trauma direto na ponta do dedo ao praticar esporte. Também pode ocorrer em um trauma banal em torção ao se fazer atividades do cotidiano, como, calçar um sapato, vestir-se ou torcer uma roupa.
Qual é a particularidade dessa região?
A cicatrização do tendão extensor em sua porção final é lenta. Isso ocorre porque apesar da grande irrigação vascular da ponta do dedo, ela vem em sua maioria pela parte de baixo do dedo. A porção final do tendão extensor recebe pouco sangue, fazendo com que a cicatrização seja mais lenta.
Como é feito o diagnóstico?
Quais são as opções de tratamento?
A imobilização é trocada pela equipe médica a cada uma ou duas semanas, ou quando por um descuido ficar solta, suja ou molhada.
Um cuidado essencial que se deve ter durante o tratamento com tala é que ela não pode ser removida em qualquer momento, sem a indicação médica. A retirada da tala faz com que o dedo sobre, rompendo a cicatriz em formação no tendão. Com isso a cicatrização volta a fase inicial do tratamento.
Quando o fragmento ósseo da fratura é grande e tem um deslocamento considerável está indicado o tratamento com cirurgia. Ele consiste em fixar a fratura com dois ou três pinos, sem que seja aberto o local da fratura. Esses pinos permanecem bloqueando e imobilizando a fratura e a articulação pelo período da consolidação óssea (6-8 semanas) e depois são retirados com anestesia local.
Já no Dedo em Martelo Tendinoso a decisão do tipo de tratamento depende do grau de deformidade e deslocamento do dedo. Essa gravidade pode ser definida tanto ao se examinar o dedo quanto através da radiografia. Quando o dedo tem um deslocamento grande (superior a 30 graus) a lesão é considerada completa e está indicado o tratamento cirúrgico.
O grande problema desse tipo de cirurgia é que o tendão não arrebenta de forma regular, como quando ocorre um corte. Nesse tipo de lesão o tendão rompe e distende as suas fibras, o que dificulta a reconstrução. Durante a cirurgia o tendão é suturado e é colocado um pino no dedo que irá bloquear a última articulação, imobilizando o tendão por um período mínimo de oito semanas. Esse tempo é sufi ciente para haja a cicatrização do tendão. Após, o pino é retirado e inicia-se a reabilitação.
Quando a lesão não é grave e o deslocamento é pequeno, está indicado o tratamento sem cirurgia, com o uso de tala. Nesse caso é colocada uma tala de alumínio, mantendo o dedo esticado, também pelo período de oito semanas.
Como é depois da cirurgia?
O primeiro curativo é realizado até sete dias após a cirurgia. Ele é trocado por um mais leve. Por volta dos 14 dias após cirurgia são retirados os pontos. Após o qual o paciente é acompanhado e visto em consulta a cada 10 dias para a troca da tela
Nas últimas semanas de tratamento, nos pacientes que foram submetidos à cirurgia e têm um pino bloqueando o movimento da ponta do dedo, é permitida a retirada e troca da tala em casa. Assim, pode-se molhar o local da cirurgia.
Como é a reabilitação após o tratamento?
Nas sessões de fisioterapia serão realizados exercícios para a recuperação da mobilidade de flexão e extensão do dedo, com massagem local para diminuir o inchaço. Numa fase tardia serão feitos exercícios para ganho de força e massagem na cicatriz com creme hidratante. Isso diminui o edema e o risco de possíveis aderências dos tecidos locais.
O que acontece se a lesão não for tratada?
Qual o objetivo com o tratamento?
Geralmente se observa uma leve perda da força de extensão e da mobilidade do dedo. Mas isso só é percebido quando comparamos o lado afetado com o mesmo dedo da outra mão e, na maior parte dos pacientes, não prejudica a função.
O objetivo do tratamento é o retorno da função (capacidade de esticar o dedo) e a prevenção da deformidade e da dor no dedo.
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O Instituto da Mão é o fruto de uma vocação iniciada na década de 90. Ainda no período de formação na área de ortopedia , dois colegas descobriram o gosto pela área , que ainda não constituía uma especialidade médica independente. Coincidindo com o final de suas formações, a regularização da especialidade , além de várias exigências, culminava com a realização de prova teórica e prática nacional para adquirir o título de especialista, na qual Dr. Ricardo Kaempf foi o primeiro lugar, seguido pelo Dr. Rafael Praetzel. Assim começava o Instituto da Mão
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